Ituiutaba vive um momento de alerta máximo. O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 20 e 24 de janeiro, revelou um cenário preocupante: o município está em alto risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O Índice de Infestação Predial (IIP) chegou a 5,9%, quase seis vezes acima do limite de 1% considerado seguro pelo Ministério da Saúde. Os números acendem um sinal vermelho para a saúde pública, especialmente diante dos 180 casos suspeitos de dengue registrados apenas em janeiro na Unidade de Pronto Atendimento Municipal (UPAMI), que representam 86% dos atendimentos investigados no período.
Os focos do Aedes aegypti estão espalhados por toda a cidade, mas os principais criadouros foram encontrados dentro das residências. Vasos de plantas, recipientes de degelo de geladeiras, pingadeiras, calhas entupidas, ralos e até piscinas sem manutenção são alguns dos locais onde o mosquito se reproduz. Além disso, o acúmulo de lixo doméstico, entulhos e objetos descartados em quintais e terrenos baldios tem contribuído para o avanço da infestação.
Diante desse cenário, a Prefeitura de Ituiutaba intensificou as ações de combate ao mosquito. Mutirões de limpeza estão sendo realizados para remover possíveis focos, enquanto equipes do Centro de Controle de Zoonoses trabalham diariamente na aplicação de inseticidas em pontos estratégicos e no tratamento focal nos bairros mais afetados. A educação em saúde também ganhou destaque, com campanhas que buscam conscientizar a população sobre a importância de eliminar água parada e manter quintais e terrenos limpos.
A colaboração dos moradores, no entanto, é peça-chave para reverter o quadro. Pequenas ações, como vedar caixas d’água, limpar calhas e descartar corretamente lixo e entulho, podem fazer toda a diferença. Enquanto o poder público atua para conter a infestação, a população precisa assumir sua parte no combate ao Aedes aegypti. O desafio é grande, mas a união de esforços pode evitar que Ituiutaba enfrente um surto de doenças que colocam vidas em risco.
A situação é crítica, mas ainda há tempo para agir. O momento exige atenção redobrada e a participação de todos para proteger a saúde da comunidade e evitar que o mosquito continue avançando.